segunda-feira, 6 de junho de 2011

Efeito Copa


A três anos de o Brasil sediar a Copa do Mundo, os mineiros começam a apostar em um filão de negócios que se abre com o evento: a locação de imóveis para estrangeiros. Várias casas, quartos e sítios já estão à disposição dos que quiserem se antecipar e garantir um local para se instalar durante o mundial. E, mesmo com tanta antecedência, os preços chegam a ser dez vezes mais altos do que o valor cobrado fora de temporada. Há casos em que um mês de aluguel chega a custar R$ 100 mil.
Por exemplo, para uma estada de 30 dias com café da manhã e almoço no imóvel, que fica no bairro Cidade Nova, na Região Nordeste, será cobrado 10 mil por pessoa. Ao câmbio de R$ 2,28 por euro, serão cobrados R$ 22,8 mil por pessoa. Como o aluguel de um apartamento de dois quartos na região custa cerca de R$ 2 mil, o valor é dez vezes superior. A crise na Europa, porém, tem trazido dúvidas quanto ao futuro do euro, o que deve ser levado em conta por quem vai se aventurar no mercado imobiliário no período da Copa. A moeda comum européia também tem se desvalorizado em relação ao real.
O vice-presidente da Câmara do Mercado Imobiliário e Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário, Reinaldo Nogueira Branco, acredita que os imóveis tendem a ficar entre cinco e dez vezes mais caros durante a Copa. E a tendência é que encareçam ainda mais nos meses que antecedem o mundial.
Para o presidente do comitê executivo organizador da Copa do Mundo da Prefeitura de Belo Horizonte, Thiago Lacerda, apesar de a rede hoteleira estar sendo ampliada, vai haver espaço para esse tipo de hospedagem. Segundo ele, estão em construção 14 hotéis, o que equivale a 2.800 novos quartos. Também há 30 licenciamentos em curso, com potencial para 5.400 quartos.
*Publicado em 04/06/2011/ Hoje em Dia / Economia
Por Tiago Rodrigues

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