segunda-feira, 11 de julho de 2011

Longe da Minha Filha

Quem me conhece já sabe que meu assunto predileto é falar da minha filha, de como ela é inteligente, sapeca e maravilhosamente amável. De como foi a escolha do nome, que no primeiro mês já sabia que seria uma menina, que o sorriso dela é encantador e o beijo como uma brisa num dia perfeito. E por aí vai, posso repetir tudo inúmeras vezes, como também contar algo novo, não me canso.
Quando Maria Eduarda nasceu:
“... se existe um infinito de alegria, aquele foi o momento em que cheguei lá, ou passei dele...acho que teve uma hora, acho não tenho certeza, que ela olhou pra mim e me reconheceu. Talvez tenha dito: oi papai, bom te ver, sou eu a dádiva, que veio encher tua vida de esperança, amor, carinho e muita preocupação...eu trocaria a eternidade por este momento...”
Escrito no dia 30/01/2006.

Uma amiga me disse que meu sentimento por Maria Eduarda é uma das coisas que tenho de melhor, tenho que concordar com ela, várias vezes me pego chorando no banheiro, um choro sozinho e baixo, mas também gostoso, pois apesar da saudade sei que ela existe e basta andar alguns quilômetros para olhar o seu sorriso e abraça - lá.
Essa mesma amiga me recomendou um livro – Morrendo de Saudades, Cartas de um Pai Separado, do autor Marco Teixeira, da Editora Íthala (leia o release) – que não se trata de um livro de auto-ajuda ou de como lidar com essa situação, viver longe dos filhos, mas de uma maneira de viver com isso de forma harmoniosa. O autor compartilha conosco experiências que viveremos ou já vivemos.
Longe de Maria Eduarda vivo várias sensações novas e desesperadas, quando estou perto dela vivo o dilema, na mesma hora que educo deixo o barco descer o rio, rindo das travessuras que ela faz, e olha são muitas.
À distância me impede de estar lá na hora em que adoece ou para reprimir algo que fuja do normal, ou em inúmeras outras coisas, me culpo por isso, porém busco alternativas pra expressar meu imenso amor e preocupação, confesso que há erros e acertos, mas tudo pensando no bem estar de Maria Eduarda, como digo sempre, “estou distante, mas nunca ausente”.


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