segunda-feira, 23 de maio de 2011

Em três dias de evento foram vendidas 5.778 unidades em BH. Incentivos favoreceram a compra do primeiro imóvel

Menos público, mais negócios. Foi assim que terminou ontem o 7º Feirão da Casa Própria da Caixa Econômica Federal, no Expominas. Nos três dias do evento, 32.597 pessoas circularam pelos estandes de vendas das construtoras e imobiliárias, contra 57 mil no ano passado. Apesar de ter registrado número menor de visitantes neste ano, a Caixa contou com mais negócios e contratos fechados e encaminhados (5.778), em um total de R$ 840,8 milhões. No evento do ano passado foram fechados e encaminhados 5.225 contratos, em um total de R$ 523,3 milhões.
No feirão estavam disponíveis 16.267 unidades com valor entre R$ 75 mil e R$ 900 mil. A maioria das vendas foi feita com unidades entre R$ 130 mil e R$ 140 mil. Foram disponibilizados 14.767 imóveis na planta, 862 novos e 638 usados. Do total, 12 mil estavam dentro do programa Minha casa, minha vida. As linhas de financiamento tinham taxa de juros de 4,5% a 11% ao ano. A classe C aproveitou os subsídios do programa Minha casa, minha vida e foi às compras no feirão de imóveis.
O evento deste ano contou com 39 construtoras e 15 imobiliárias. “A grande vantagem do feirão é reunir muitos agentes em um único espaço. É difícil sair para procurar esse tanto de imóvel em locais dispersos”, afirmou Marcelo Bomfim, superintendente regional da Caixa. No caso dos imóveis novos, diz, a Caixa já verificou todo o aspecto jurídico e de engenharia, o que facilita a negociação pelo interessado.
A doméstica Neiva Ribeiro de Oliveira comprou seu primeiro imóvel no evento. Há 16 anos que ela mora de aluguel, no Bairro São Benedito. No feirão, fechou a compra de um aparamento de dois quartos em Vespasiano no valor de R$ 90 mil. Neiva financiou o imóvel em 25 anos e teve R$ 16 mil de subsídio. O bem vai ser pago em parcelas de R$ 200 mensais no período da obra e de R$ 463 depois que estiver pronto, em março de 2014. “Acho que é um bom momento para eu comprar. Já tinha tentado outras vezes, mas não consegui em função da renda”, afirmou.
A vendedora Bárbara Hai Ribeiro Lopes e o operador de produção Einstein Oliveira dos Santos também fecharam a compra de um imóvel no feirão. Os dois são noivos e vão se casar em 2014. Juntos, têm renda de R$ 1,6 mil. Eles também compraram um apartamento de dois quartos em Vespasiano, por R$ 90 mil. Pagaram R$ 7 mil de entrada e o imóvel fica pronto na véspera do casamento. “É mellhor comprar na planta do que usado, pois o subsídio é melhor”, afirmou Bárbara.
O casal Bruno Frederik Souza Batista e Camila Manuele Ribeiro moram de aluguel há um ano. Bruno é funcionário público e o único que trabalha na casa. Ele tem renda de R$ 1,7 mil e buscou no feirão um imóvel com valor de até R$ 110 mil. “Estamos querendo sair do aluguel e o feirão é uma boa oportunidade, pelos subsídios que oferece. Vamos tentar achar um imóvel em que a prestação fique até R$ 500”, disse.
INVESTIMENTO O feirão foi também uma boa oportunidade para os investidores. O geólogo Pedro Paulo Cortês e a mulher, a decoradora Andréia de Paula, já moram em casa própria. Os dois foram tentar comprar um imóvel como investimento, no valor entre R$ 350 mil e R$ 500 mil e área entre 90 e 120 metros quadrados. O foco do casal era no Bairro Castelo, na Região da Pampulha.
* Publicado em 23/05/2011 / Estado de Minas / Economia

Por Tiago Rodrigues

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