quarta-feira, 25 de maio de 2011

O negócio das mulheres é nas coxas

Ontem acompanhei um amigo na capacitação de um cliente, aliás, de uma cliente, apesar de cuidar da comunicação da empresa dele, meu papel naquele momento era de ator-coadjuvante. Bom, estávamos nós na mesa de negociação, cinco homens e uma mulher, e o assunto não poderia ser outro (?), dinheiro, lógico, pois não existe assunto que envolva negócio e não envolva dinheiro, se houver, por favor, me avisem,tenho medo de me tornar capitalista demais.
No meio da reunião o assunto começou a esquentar, os diálogos ficaram ásperos e parecia que ao final daria “caca” (o outro sinônimo foi banido na edição), porém antes de chegar ao final a cliente se levantou e disse para meu amigo: “Se você quer fazer as coisas nas coxas é melhor não me procurar mais para conversar sobre negócios”.
O assunto poderia ter acabado ali, mas apesar de achar a mulher insuportavelmente mal educada e arrogante, eu resolvi abrir a boca. Não sei por que a cliente me parecia muito determinada e com sua personalidade fortíssima a empresa do meu amigo só poderia crescer, pois agregaria valores excepcionais vindos na nova capacitação. Por fim, aos 40 do segundo tempo, apesar de tudo ter sido feito assim, “meio que nas coxas” chegamos a um formato de “telha” que todos gostaram ou vamos dizer ficaram satisfeitos, até ontem, pode ser que hoje achem feio o formato roliço.
Não entenderam? Então vou começar dizendo: a cliente me lembrou uma editora-chefe que tive num jornal do Rio, nossa, apesar de sua arrogância ela sabia o que queria e não media esforços para alcançar suas metas, isto com certeza motivava a equipe de jornalistas, eu particularmente aprendi muito. E o mundo precisa de pessoas assim, com metas e senso de direção, que não tenham medo dos percursos, pois por mais que o caminho seja plano, gente com essa personalidade trata a estrada limpa como trilha. Imagina, existem coisas demais inacabadas neste mundo, tenho certeza não caberiam nem num livro de mil páginas, por isso ontem começamos uma obra que vai até o final.
Há e a telha? Bom, uma amiga me disse que a expressão “feita nas coxas” surgiu na Bahia, não sei precisar a data e também tenho que perguntar a ela se foi na cidade de Porto Seguro. Bom, isso fica pra depois, o certo é que na época as telhas usadas nas casas das vilas dos pescadores eram moldadas nas coxas das mulheres, como umas eram mais roliças que as outras e os moldes imperfeitos (pra mim são perfeitas) as venetas ganhavam formatos irregulares. Daí quando algum turista dizia: “Esse telhado está enviesado ou torto, logo vinha um baiano e retrucava é porque foi feita nas coxas, oxênte meninu”.
Só para constar, eu de forma educada disse para a cliente que admirava sua personalidade forte, apesar de sua arrogância, portanto, não estou cometendo nenhuma gafe em plena rede social ao contar essa história. Outro rapaz da mesa elogiou suas coxas, isto é somente pra deixar registrado que não fui eu.

Por Tiago Rodrigues

Um comentário:

  1. Ok...Ok rsrs
    No final, os homens terminaram falando das coxas (dela!)
    Ótimo texto amigo!

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